Inteligência Artificial: o foguete da comunicação

*Por Claudio Stringari

Empresas como Virgin Galactic, SpaceX e Blue Origin estão prestes a levar clientes ao espaço. No caso do mercado de Comunicação Corporativa, uma jornada semelhante está começando… Este setor, que envolve atividades como Assessoria de Imprensa, Relações Públicas, Gestão de Crises e Marketing Digital, testemunhou uma evolução jamais vista, graças às inovações tecnológicas, às mudanças profundas no comportamento do consumidor e na forma de consumir informações. Nos últimos anos, a transformação digital tem sido um catalisador fundamental para essa dinâmica, com a introdução de tecnologias disruptivas que redefinem as estratégias de comunicação e levam as agências a aumentarem significativamente os investimentos em novas ferramentas.

O objetivo? Integrar tecnologias emergentes aos projetos já desenvolvidos, a exemplo do que acontece na Indústria 4.0. A proposta não é abandonar tudo o que vinha sendo feito, mas turbinar o conhecimento e as práticas consagradas com o que está emergindo e se consolidando agora. Entretanto, isso não é uma tarefa fácil. Afinal, “é bem mais simples aprender o novo do que desaprender o velho”.

O Anuário da Comunicação Corporativa de 2023, editado pela Mega Brasil, aponta que o setor cresce de forma vertiginosa agregando serviços baseados em soluções inovadoras. O faturamento do setor passou de R$ 1,2 bilhão em 2009 para R$ 4,88 bilhões em 2022. Além disso, os aportes em inteligência artificial e análise de dados por parte das agências têm crescido numa proporção ainda mais significativa. Essas ferramentas permitem uma compreensão mais profunda do público-alvo e facilitam a personalização das mensagens, resultando em um aumento do alcance e da relevância das divulgações. 

No contexto da transformação digital, as redes sociais e os sites de busca, como o Google, permanecem como áreas prioritárias de investimentos em mídia. Empresas buscam manter uma presença on-line robusta, utilizando anúncios segmentados e estabelecendo parcerias estratégicas com influenciadores para ampliar o alcance das comunicações. O monitoramento constante nas mídias sociais também exige investimentos em ferramentas de análise e gestão de reputação on-line, prevenindo assim as chamadas quedas meteóricas.

Por outro lado, cada marca possui segmentações específicas, ou seja, targets distintos. Concentrar 100% dos investimentos apenas no ambiente digital pode ser um tiro no pé. Os veículos de comunicação tradicionais, como jornais, revistas e emissoras de rádio e TV, bem como a mídia OOH (Out of Home), continuam sendo muito eficazes. Em suma, é preciso diversificar os canais de comunicação para voar alto nesse “novo” mercado – tão hostil quanto as galáxias mais distantes.

A criação de experiências imersivas, por meio do uso de realidade virtual e  realidade aumentada, representa uma forma inovadora de envolver o público. Empresas têm realizado investimentos substanciais para o desenvolvimento de conteúdos e aplicativos que exploram essas tecnologias.

No âmbito da comunicação corporativa, os investimentos em responsabilidade social e sustentabilidade têm se destacado, na esteira do movimento ESG. Marcas estão destinando recursos para iniciativas que não apenas evidenciam seu compromisso com questões sociais e ambientais, mas que também sejam comunicadas eficazmente por meio da assessoria de imprensa e redes sociais.

Para se manterem competitivas, as organizações reconhecem a importância de aportar recursos em tecnologias, mas também na capacitação de suas equipes. Programas de treinamento para ampliar as habilidades digitais dos colaboradores, bem como capacitações em análise de dados e compreensão das tendências do mercado, estão recebendo a devida atenção. O objetivo é aprimorar a eficácia das estratégias e consolidar essas políticas.

Concluindo, o mercado da Comunicação Corporativa está alçando voos mais altos. A busca por inovação e a adaptação às transformações tecnológicas demandam  um comprometimento financeiro substancial, destacando a importância estratégica que essas áreas desempenham na construção e manutenção da reputação empresarial em um ambiente competitivo em constante mudança.

Com a inteligência artificial e as novas tecnologias catapultando a comunicação corporativa, só nos resta acertar a trajetória do foguete para que as agências atinjam o (público) alvo certo.

 

* Claudio Stringari é sócio da Central Press e presidente da ADVB/PR

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