Projetos que protegem aves na mata das araucárias concorrem a prêmio nacional

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Espécies características do Sul, o papagaio-de-peito-roxo e o papagaio-charão estão na lista de animais ameaçados de extinção

Degradação em larga escala, destruição das fontes de alimentos e retirada ilegal de filhotes da natureza. Todas essas questões contribuem para que muitos animais percam o seu habitat natural, não consigam se adaptar em outros locais e assim entrem para a “lista vermelha”, das espécies com risco de extinção. Esse é o caso do papagaio-de-peito-roxo e do papagaio-charão, ambos nativos da floresta com araucárias, que estão perdendo cada vez mais território para sobreviver e se reproduzir.
Pensando nisso, alguns pesquisadores da região desenvolveram iniciativas para prover a proteção dessas espécies e com isso, estão concorrendo ao II Prêmio Nacional da Biodiversidade. Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o evento tem como objetivo reconhecer e premiar os projetos de destaque na melhoria da conservação das espécies brasileiras, por meio de um júri popular.
Uma dessas ações é o “Dois papagaios ameaçados da Floresta com Araucárias: um esforço de conservação comum”, com iniciativa da Universidade de Passo Fundo (RS) e apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. A proposta engloba os dois papagaios, com o objetivo de conservar as aves por meio da educação ambiental, além do incentivo à criação de áreas protegidas.
Coordenador do projeto, o professor Jaime Martinez, que é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, relata que “a principal estratégia de conservação das espécies ameaçadas é preservar o seu lar e o seu habitat. A floresta com araucárias é um ecossistema único do sul do Brasil”, descreve.
Outra iniciativa, realizada pelo Instituto Espaço Silvestre, é a “Reintrodução do papagaio-de-peito-roxo no Parque Nacional das Araucárias”, que, além de ter reintegrado a espécie à natureza, promoveu o envolvimento da comunidade com a conservação. Para Malu Nunes, que é diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, apoiadora do projeto, o trabalho reflete em um âmbito maior. “Colocar em prática ações efetivas beneficia toda a biodiversidade da região”, afirma.
O projeto do Instituto Espaço Silvestre concorre na categoria “Sociedade Civil” e da Universidade de Passo Fundo, em “Academia”. O II Prêmio Nacional da Biodiversidade será realizado no dia 22 de maio, data do Dia Internacional da Biodiversidade. Para conhecer mais projetos e participar da votação, acesse o link.
 
*Jaime Martinez é membro da Rede de Especialistas de Conservação da Natureza, uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
 
Sobre a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.510 projetos de 496 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Mais informações: http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/

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