Artesanato regional ganha visibilidade e é fortalecido com plataforma de comércio virtual sustentável

O empreendimento Raízes visa conservar natureza e gerar renda para artesãos e artistas que vivem no entorno de unidades de conservação

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Gestora ambiental e professora universitária, Fernanda de Souza Sezerino pesquisa há 10 anos alternativas para gerar renda a comunidades que vivem no entorno de unidades de conservação. O objetivo dela é mostrar que a conservação da natureza não é um impedimento para o desenvolvimento econômico e que há formas de ganhar dinheiro com impacto socioambiental positivo.

Nessa perspectiva, junto com mais quatro empreendedores do litoral paranaense, foi criado o Raízes, negócio que visa fortalecer o artesanato local. “Nós queremos potencializar a comercialização do artesanato a base de fibras naturais aqui da região. Por meio de um comércio virtual, queremos alcançar novos mercados, dar mais visibilidade e agregar mais valor para os produtos feitos por moradores do entorno de unidades de conservação”, destaca Fernanda. Entre os produtos estão materiais escolares e objetos de decoração.

Além do e-commerce, o projeto vai atuar na capacitação e formalização dos artesãos locais e na construção de novas parcerias para a região. Explorar os saberes locais é outro objetivo da iniciativa. “Um lado da nossa proposta é resgatar toda a identidade cultural aqui da região a partir da produção do artesanato. Também vamos trabalhar com a valorização da sociobiodiversidade local”, afirma Fernanda. Para ser colocada em prática, a iniciativa necessita do apoio de investidores. O Raízes é um dos negócios desenvolvidos ao longo do Programa Natureza Empreendedora, idealizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza para articular e capacitar atores e desenvolver negócios inovadores para a região do Lagamar paranaense.

Natureza Empreendedora

As propostas desenvolvidas no Natureza Empreendedora visam explorar o potencial econômico da região, capacitar a comunidade local e aumentar a oferta de emprego com impacto positivo ao meio ambiente. Ao todo, 35 empreendedores de Antonina, Morretes, Paranaguá e Guaraqueçaba estão envolvidos no Natureza Empreendedora, que também conta com o apoio do Sebrae-PR na fase de ideação de propostas.

“Queremos mostrar que desenvolvimento econômico e conservação da natureza conseguem andar lado a lado, gerando benefícios para o meio ambiente e para a comunidade local. É o chamado ‘negócio de impacto’ que gera resultados financeiros positivos de forma sustentável e ainda protege e valoriza o patrimônio natural”, destaca Guilherme Karam, coordenador de Negócios e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário. 

Iniciado em 2018, o Natureza Empreendedora foi estruturado a partir da identificação do potencial empreendedor aliado à conservação da Mata Atlântica em alguns municípios da região do Lagamar paranaense. O estudo concluiu que há espaço para inovação, melhoria da qualidade de vida da população e agregação de valor, com impacto socioambiental positivo. A pesquisa também mapeou que os jovens desejam continuar na região, mas não encontram oportunidades, e que existe pouco senso de valorização e identidade da Mata Atlântica.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. A instituição defende que o patrimônio natural bem conservado é a base para o desenvolvimento econômico e bem-estar social. Também promove ações de engajamento e sensibilização, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.

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