Artigo: 5 tendências que sua empresa precisa saber para sobreviver na internet em 2017

Por Felipe Harmata Marinho, professor do curso de Jornalismo e coordenador da Pós-Graduação em Mídias Digitais da Universidade Positivo (UP)

A Campus Party é o maior evento de tecnologia do Brasil e um dos mais importantes do ano no mundo. O evento, que é realizado todos os anos em São Paulo, traz uma mistura de milhares de horas de palestras, maratonas de hackatons e competições de gamers. Em meio a esse conglomerado de informações, o evento serve como um termômetro para saber para que direção a tecnologia, as empresas e a produção de conteúdo na internet estão seguindo.  Abaixo, listo cinco tendências que apareceram de forma consistente na edição de 2017 da Campus Party e que devem reverberar pelos próximos anos.

1. A Era da Pós Verdade
Pós-Verdade foi eleita a palavra do ano pela Universidade de Oxford. O conceito remete a ideia de quando os fatos objetivos são menos importantes do que as crenças e as emoções. Mas afinal o que isso quer dizer? Que estamos vivendo um momento em que, muitas vezes, o boato, a notícia falsa, a informação movida a ódio acaba ganhando mais espaço que os conteúdos sérios. E o que é pior, muitas vezes, esse tipo de informação é replicada somente para reforçar o pensamento único. Perde-se o debate e a pluralidade. É a ideia de que “quem não concorda comigo está errado” tão presente em diversos debates políticos na internet, por exemplo. O conceito mostra que é cada vez mais importante tomar cuidado com o conteúdo que se publica e se compartilha nas redes e que fazer uma boa curadoria do conteúdo é fundamental.
2. A ascensão do movimento Maker
Maker é o artesão da internet. Se a revolução digital chegou primeiro as profissões ligadas a comunicação, com o movimento maker ela atinge toda a indústria. É uma extensão da cultura do “faça-você-mesmo”. Com a facilidade de tutorais na internet, aumentou o número de pessoas que quer construir ou consertar os seus objetos por conta própria. Seja uma impressora, um liquidificador ou até mesmo uma solução que ainda não existe. As principais empresas da indústria já estão atentas aos makers para trazer soluções e inovações para os produtos. É a junção das grandes corporações com os pequenos empreendedores.
3.  Mobilidade, carro autônomo e conteúdo
A indústria já considera como quase que irreversível a ideia de que nos próximos anos os carros serão autônomos e vão dirigir sozinhos. A busca das montadoras agora é pensar no que fazer com o passageiro enquanto ele estiver no carro. Que tipo de conteúdo ele vai consumir e que tipo de aplicativo ele vai acessar? São brechas para um novo mercado.
4.  A consolidação do YouTube para produtores de conteúdo
Foi se o tempo em que ter um canal no YouTube era algo para adolescente e pré-adolescente fazer vlog. A plataforma cresceu, os hábitos de consumo mudaram e existe produção de conteúdo para o YouTube nas mais diferentes áreas. Há desde a YouTuber Jout Jout, que ficou conhecida por fazer crônicas do cotidiano de forma leve e clara a até profissionais consolidados como a jornalista Marília Gabriela que agora faz seu programa de entrevistas dentro da plataforma.
5. A era do ao vivo
O facebook começou a testar transmissões ao vivo com apenas algumas páginas. A ideia tomou forma e atualmente é possível fazer também nos perfis pessoais e o próprio algoritmo do facebook dá mais visibilidade para um vídeo ao vivo do que para outros conteúdos. A transmissão ao vivo também já aparece no Instagram e é muito valorizada nas diversas plataformas. Vale também uma atenção para o conteúdo efêmero, aquele que some depois de um tempo, normalmente 24 horas, sem ficar gravado no perfil das empresas e das pessoas. Esse tipo de publicação ganhou muito espaço, principalmente entre o público jovem, no snapchat e a ideia acabou aparecendo e se consolidando também no Instagram com a ferramenta de stories.
 

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