Um divisor de águas: comunicar é transformar

Em meio a desastres, profissionais de comunicação focam nas pessoas.

 

por Rodrigo Sigmura 

 

As intensas chuvas e enchentes que assolam o Rio Grande do , afetando  mais de 2,3 milhões de pessoas, têm dominado os noticiários brasileiros há quase dois meses. No início, os chamados “veículos tradicionais” destacaram equipes e profissionais renomados para reforçar a cobertura, evidenciando o compromisso com o trabalho in loco

De fato, programas jornalísticos e de entretenimento nas principais emissoras de  rádio e TV, bem como portais de notícias e suas presenças nas redes sociais, dedicaram boa parte de seu esforço para repassar informações apuradas por profissionais qualificados. Foi por meio desses veículos que as histórias de resgates emocionantes, tanto de seres humanos quanto de animais, e de tragédias tocantes, foram amplamente divulgadas por todo o Brasil. 

Esse cenário evidencia um termo clássico que é ensinado nas aulas de Comunicação: o  “agenda-setting”. Esse “poder de agendamento” dos assuntos em pauta na sociedade é exercido pelos meios de comunicação de massa, os quais desempenham  um papel significativo ao moldar a opinião pública por meio da seleção dos temas considerados cruciais e pertinentes para a sociedade, de acordo com sua linha editorial.

Diante de tragédias como essa, torna-se praticamente impossível para  qualquer marca ignorar a realidade que se impõe. E, quando digo isso, não me refiro apenas aos grupos de mídia. Nesse contexto, podemos sugerir que a imensa maioria das pessoas e das empresas não deveria negligenciar fatos importantes como esse.

Em situações como essa, qual é o papel dos profissionais de comunicação? Respondo: é olhar com cuidado para as pessoas. Levar isso em conta – seja na hora de escrever uma matéria jornalística ou planejar o  conteúdo de uma grande corporação – pode prevenir crises, elevar a reputação das marcas e, claro, ajudar aqueles que precisam. 

Como exemplo, podemos citar operadoras de telefonia que liberaram seus sinais e ofereceram internet grátis ao povo gaúcho, além de empresas de diversas outras áreas que promoveram doações de roupas, alimentos, bebidas e recursos financeiros. 

Para que isso pudesse acontecer de forma eficaz, artes e vídeos precisaram ser publicados nas redes sociais de maneira ágil e clara. Posts foram adiados. Designers correram contra o tempo. Estagiários viram os planejamentos mudarem em minutos. Tudo isso em nome da cidadania e da humanidade. 

A comunicação é conduzida por pessoas – e, às vezes, também por inteligências artificiais – e direcionada a uma audiência diversificada (assim como o nosso país). Considerar isso como base ao executar ações de comunicação pode representar um divisor de águas para uma empresa.

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