Chega da artificialidade das telas. Queremos a sinceridade dos sorrisos

Não há nada como tempos desafiadores para nos fazer enxergar novos horizontes, ajustar a rota e trilhar caminhos desconhecidos. Ao mesmo tempo, é nessas horas que devemos valorizar detalhes cotidianos dos quais somos privados em momentos críticos. Foi assim com o tempo de pandemia. Os métodos de trabalho foram adaptados para o mundo virtual, com videoconferências e aplicativos de conversas. Porém, essa falta de contato presencial aumentou substancialmente a quantidade de reuniões virtuais. Agora, que o  período crítico já passou, devemos resgatar a nossa veia criativa e valorizar os encontros presenciais, o olho no olho, o tête-à-tête. Chega da quase escravidão virtual. As telas e os fones dão lugar aos olhos e aos sorrisos.

Por um lado, as reuniões virtuais agilizam discussões e permitem maior interação com equipes que trabalham a distância. Esse é o meu caso. Faço parte de empresas ligadas a um grupo suíço e minha equipe transita entre Basel (Suíça), países da América Latina, Curitiba (PR), e ainda as mais de 15 unidades espalhadas pelo Brasil. Portanto, não deixaremos de nos conectar por videoconferência. Porém, talvez o receio da desconexão nos fez criar uma hiperconexão virtual, e nos vimos em uma escala quase interminável de encontros por aplicativos. Essa quantidade precisa ser dosada. Até porque “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”…

Aquele momento informal tão precioso para os insights e as relações sociais, como o cafezinho, a entrada e a saída das salas de reuniões, ou mesmo o papo ao pé da mesa, não podem ser deixados para trás. Precisamos resgatar o gosto por esses momentos, sentir nas expressões faciais as reações diante das mais diferentes situações. É o papo tranquilo sobre qualquer assunto mais informal que gera a descompressão do desafio de atingir as metas do mês na empresa. É claro que sempre mantendo a preocupação com a saúde e segurança de todos.

Da mesma forma, hoje se discute a permanência do chamado home office. Muitos se adaptaram bem a esse sistema de trabalho, outros, definitivamente, não. Estamos em um período de transição e, por isso, retirar totalmente a possibilidade de ter um dia de trabalho remoto pode ser uma medida radical. Por outro lado, também devemos avaliar a necessidade de termos a equipe toda no escritório. Precisamos nos desacostumar com a rotina de discussões a distância e resgatar o que deixamos para trás antes da pandemia. Devemos, sim, continuar utilizando ferramentas digitais de comunicação, que foram impulsionadas nos últimos dois anos de maneira positiva. Mas, respeitando o limite exigido para nossa saúde psicológica. Defendo mais possibilidades de interações, fortalecendo a veia criativa que os encontros físicos permitem. E menos esse cansaço extremo das telas com as quais nos acostumamos a viver. Com certeza, vamos substituir os avatares e fundos artificiais por  abraços e sorrisos verdadeiros podendo, assim, voltar a literalmente levar o coração ao trabalho.

 

*Matthias Schupp é CEO da Neodent e EVP do Grupo Straumann da América Latina

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