Dia do Suinocultor: exportações crescem e produtores revelam perspectivas positivas

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Em junho, crescimento foi de 50,4%, se comparado ao mesmo período de 2019

Elsbeth Cornelia Verburg, moradora de Arapoti, no Paraná, conta que sempre soube que seu caminho seria trabalhar na suinocultura. Aos 34 anos de idade, ela segue a tradição secular da família. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o estado concentra 15% da produção nacional de suínos – e uma das regiões mais tradicionais são os Campos Gerais.

Filha de pecuaristas, Elsbeth formou-se em medicina veterinária e fez mestrado em produção e sanidade de suínos. “A minha ideia é trabalhar no ramo da suinocultura pelo resto da vida. A vontade de produzir carne suína sempre falou mais alto, então reformei um barracão antigo e dei início, em 2015, a uma produção”. Atualmente, a suinocultora conta com uma produção de 430 suínos por ciclo.

A herança familiar também aparece na história da Sara Regina Jacobi, de 31 anos. “Comecei como suinocultora em novembro de 2016. Na época, meu pai estava reformando e ampliando os barracões, então aceitei o desafio de trabalhar nessa área”, conta. Hoje o sistema completo fica na família. “Minha tia trabalha com as matrizes e maternidade e eu compro os leitões para terminação”, completa.

Mercado

De acordo com a Associação, no mês de junho, as exportações de carne suína no Brasil cresceram 50,4%, se comparado ao mesmo período de 2019. Ao todo, foram exportadas 96,1 mil toneladas. Para Elsbeth, a perspectiva para o futuro do setor é positiva. “Eu vejo que o Brasil tem um futuro promissor como produtor de proteína animal para o mundo. Precisamos ser sérios e competitivos para conquistar cada vez mais o mercado externo, mas também estimular mais o consumo de carne suína no mercado nacional”, explica. 

Atualmente, sua produção é totalmente destinada para a Alegra, indústria de alimentos de origem suína, em Castro (PR). A indústria foi formada pela união das cooperativas de origem holandesa, Frísia, Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. 

Desafios

Além da expectativa de crescimento do mercado nacional e internacional, os desafios na produção de suínos também são internos. De acordo com Elsbeth, um dos principais cuidados é com a logística da profissão. “Meu maior desafio é produzir carne de maneira eficiente, sempre levando em conta o custo de produção do lote, para garantir bons índices zootécnicos e de sanidade, e monitorar a margem de lucro”, explica. 

O cuidado com o bem-estar animal e sanidade da produção também está presente na criação de Sara, que reforça a importância do cuidado com a disseminação de doenças. “Nós buscamos sempre atender aos padrões sanitários e ambientais que se tornam cada vez mais exigentes com o avanço de doenças com alto poder de disseminação na suinocultura”, ressalta. 

Para quem está começando agora, Elsbeth dá algumas dicas. “Para entrar nesse ramo, eu diria, antes de mais nada, que deve ter amor pela atividade. Além disso, é essencial ter um bom corpo técnico para dar suporte e ter uma noção básica de como conduzir uma produção de suínos. Outro ponto essencial é ter a garantia de escoamento de sua produção. Eu posso definir a suinocultura como uma profissão de dedicação, compromisso e amor”, finaliza. 

Sobre a Alegra

A indústria de alimentos Alegra é a união das cooperativas de origem holandesa, Frísia, Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. Uma empresa que combina condições de trabalho ideais aliando tecnologia, equipamentos de última geração, preocupação com o bem-estar dos animais e sustentabilidade em seu parque industrial, sempre primando pela excelência em seu produto final, que utiliza as melhores carnes suínas.

Em 2017, a marca conquistou o reconhecimento internacional quanto às Práticas de Bem- estar Animal no abate, tornando-se a primeira planta brasileira a receber essa certificação em bem-estar suíno, pela WQS. Mais informações em www.alegrafoods.com.br.

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