Fórum discute inovações para transporte coletivo em Curitiba

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Os desafios do transporte coletivo e o futuro do setor foram temas do Fórum Sistema de Transporte Coletivo – Ação Faz Inovação, que aconteceu nesta terça-feira (29 de outubro), em Curitiba. O encontro foi promovido pelas Empresas de Ônibus de Curitiba e reuniu empresários, fornecedores e especialistas da área.

O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp), Mauricio Gulin, comentou sobre a reestruturação e melhoria do transporte coletivo da cidade. “Com muito diálogo, nós continuamos inovando e investindo na melhoria do serviço prestado ao passageiro. Curitiba continua sendo um exemplo de mobilidade para o mundo e temos muito orgulho disso”, disse Gulin. 

Também presente no evento, o prefeito Rafael Greca disse que o maior desafio é reter os passageiros. “Muitos estão indo para a concorrência: aplicativos de carona e de transporte. Por isso, precisamos continuar investindo para melhorar o nosso serviço e inovar”, disse o prefeito. “Estamos renovando a frota, aplicando uma tarifa reduzida fora dos horários de pico e promovendo reformas em terminais e estações-tubo. Tudo isso ajuda na retenção e atração de passageiros”, revelou.

Desafios de Curitiba

O primeiro painel do evento, sobre os Desafios de Curitiba, contou com a mediação de Marc Souza, da RIC TV Record e Jovem Pan Curitiba. O presidente do Setransp, Mauricio Gulin, o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, e o presidente-executivo da NTU, Otávio Cunha, debateram o tema. 

Gulin falou sobre como as cidades que começaram a implantar o BRT (Bus Rapid Transit) muitos anos depois que Curitiba lançou essa inovação estão se sobressaindo. “Acabamos parando no tempo. E não podemos deixar de ser referência no setor. Precisamos de novas ideias e de investimentos para melhorar nossa mobilidade urbana. Estamos fazendo isso em Curitiba, pois já colocamos 300 ônibus novos para rodar na cidade”, argumentou. 

O presidente da Urbs comentou sobre a reinvenção da entidade ao longo dos anos. “Passamos de uma empresa de saneamento básico para uma empresa de mobilidade, que atua com o desenvolvimento da cidade. Mudar é o nosso conceito. Precisamos nos reinventar constantemente e acompanhar as evoluções”, comentou o presidente, avaliando a atuação as empresas de transporte de passageiros, como Uber e 99: “Precisamos que o transporte coletivo seja mais competitivo e moderno para fazer frente a esses novos players“.

Otávio Cunha, da NTU, disse que o transporte público é um assunto delicado de se discutir no Brasil, devido a problemas políticos e estagnação no setor. “Nosso sistema deixou de ser um atrativo para os passageiros. Os benefícios de um transporte individual se sobressaem e acabam retendo a maioria dos usuários”, disse Cunha. 

Ele lembrou ainda que o transporte individual ocupa cerca de 70% das vias e transporta apenas 20% das pessoas, enquanto o transporte coletivo ocupa apenas 10% e tem capacidade de transportar até 80% da população. “Precisamos fazer uma análise e resgatar o uso do transporte coletivo para a população, seja com diminuição de tarifa, seja com outros benefícios aos usuários”, disse o presidente da NTU.

Inovação no Transporte Coletivo

O diretor-executivo das Empresas de Ônibus de Curitiba, Luiz Alberto Lenz Cesar, mediou o segundo painel sobre Inovação no Transporte Coletivo, que contou com a participação do professor-pesquisador da UFPR, Cassius Scarpin, do coordenador do Instituto ACP para Inovação, Eduardo Aichinger, e o regional manager do Distrito Spark CWB, Luiz Gustavo Comeli.

Sobre como atrair passageiros para o transporte público, Scarpin listou algumas melhorias que podem ser implementadas no sistema de Curitiba. “Uma reestruturação da malha viária, com replanejamento de linhas, estáticas e dinâmicas, novas fontes de renda e financiamento, com aplicativos integrados e participativos, incentivos fiscais via ISS, um novo sistema tarifário, mudança física dos terminais e espaços publicitários em veículos e terminais são algumas medidas que podem contribuir e aumentar as chances de trazer mais pessoas para os ônibus”, sugeriu o professor.

O coordenador do Instituto ACP falou sobre como é possível engajar os mais de 1,3 milhão de passageiros transportados diariamente nos ônibus. “O perfil dos usuários mudou. Ele é mais conectado, mais imediatista e sustentável. É preciso se aproximar cada vez mais dele e manter essa relação. Com os dados obtidos a partir dessa troca de informações, conseguimos propiciar rapidez, conforto e agilidade. Isso trará mais passageiros e pessoas interessadas em nosso sistema de transporte”, disse Aichinger.

Luiz Gustavo Comeli também reforçou a importância dos dados para a tomada de decisão. “Temos a missão de usar os dados para entender quem é o nosso público, o nosso passageiro, e o que ele quer. Sabemos que a nova geração é hiper conectada, então é preciso oferecer um serviço que caminhe junto com essa tendência. Mas, acima de tudo, colocar o consumidor no centro de tudo”, disse.

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