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Evento trouxe o panorama atual e os desafios para tornar o transporte público em Curitiba mais atrativo
As Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana realizaram no último dia 22 o fórum Sistema de Transporte Coletivo, evento que reuniu empresários, gestores municipais, representantes das montadoras e especialistas para analisar a situação atual, conhecer as tendências e propor soluções para tornar a modalidade de transporte mais atrativa para a população.
A abertura do evento foi realizada pelo presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus (Setransp), Mauricio Gulin, que comentou que a assinatura do termo de ajuste de reequilíbrio do contrato de concessão e renovação da frota, realizado entre as operadoras e a Urbs, é importante para a modernização do sistema. “Enfrentamos muitas dificuldades nos últimos anos. Agora, é hora de retomar o tempo perdido. Precisamos melhorar a qualidade do nosso serviço e atrair de volta os nossos clientes, que são os passageiros de Curitiba e Região Metropolitana”, afirmou.
Em seguida, o diretor-executivo das empresas de ônibus, Luiz Alberto Lenz César, disse que é importante que o transporte coletivo tenha prioridade sobre o transporte individual, além de elencar ações que devem trazer uma melhor experiência para o usuário. “Também queremos encontrar novas receitas para que a tarifa do nosso cliente não seja a única fonte de custeio do sistema”, exemplifica. Para esse fim, as empresas de ônibus urbanos no Brasil apoiam a criação da Cide Municipal, em que o transporte individual financia o transporte público e, consequentemente, há um barateamento da tarifa.
O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, foi um dos palestrantes do evento e trouxe um panorama geral do transporte coletivo de Curitiba e região. Para ele, é importante que empresas e poder público atuem em conjunto na busca de soluções e melhorias para a modalidade de transporte. “Vamos parar de apenas discutir problemas. Vamos olhar para a frente”, afirmou. Maia Neto ainda mostrou os resultados dos trabalhos desenvolvidos pela Urbs e disse que é necessário encontrar soluções para a falta de recursos, destacando que “as gratuidades trazem um custo grande ao sistema”.
Situação atual e perspectivas para o futuro
A demanda de passageiros do transporte público reduziu mais de 18% entre 2013 e 2016, um dos agravantes para o desequilíbrio financeiro da modalidade. O dado, que foi apresentado pelo diretor técnico da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), André Dantas, junta-se a outra problematização, que foi a redução da velocidade média dos ônibus de 25 km/h, em 1999, para 15 km/h, em 2015, o que aumenta o consumo de combustível. Dantas complementou: “A crise é muito séria e precisa ser enfrentada com muito profissionalismo, para que o transporte público por ônibus seja viável”.
O fórum também contou com um momento de inovação, em que as tendências e soluções para o transporte coletivo foram apresentadas pelas empresas Scania, Volvo, MAN e Mercedes. Dentre as apresentações, destacam-se a preocupação com a segurança do usuário, com a instalação de sistema de freio eletrônico e antitombamento; veículos autônomos e conectados; e a utilização do biometano como fonte energética.