Novas gerações despertam em indústrias alimentícias urgência de olhar para bem-estar animal

Jovens entre 18 e 29 anos são os que têm maior preocupação com os métodos de abate utilizados pelas marcas

Qual é a origem da carne que você consome? Esse é um ponto que vem sendo debatido com cada vez mais frequência no mundo. No Brasil, a discussão ainda engatinha, capitaneada principalmente pelas novas gerações de consumidores. Uma pesquisa realizada pela World Animal Protection já demonstrava, lá em 2016, que nove em cada dez brasileiros acreditam que um sistema de bem-estar animal produz uma carne de melhor qualidade e que os jovens de 18 a 29 anos, no geral, têm maior preocupação com os métodos de abate. 

“Estudos já comprovaram que o manejo que antecede o abate interfere diretamente na qualidade da carne, independente da espécie animal”, relata o responsável técnico da Alegra, indústria de alimentos de origem suína, Marcelo Tirelli de Siqueira. A empresa dos Campos Gerais do Paraná é uma das pioneiras no Brasil na forma adequada de tratamento dos seus animais. Em 2017, foi a primeira a planta a conquistar a certificação em bem-estar suíno, pela World Quality Services (WQS). O desenvolvimento de uma estrutura voltada ao bem-estar animal foi um quesito trabalhado desde o início do projeto da indústria. “Esse sempre foi um cuidado na elaboração da unidade, por isso, optou-se por instalar um sistema de insensibilização por CO2, como alternativa a outros métodos mais econômicos e largamente utilizados no Brasil e no mundo”, explica Tirelli. 

Com conhecimento e comprometimento focado no bem-estar animal, o veterinário sanitarista da Alegra, Marlon Vanderlei Weirich Pappen, ficou recentemente em primeiro lugar no Prêmio Oink Paraná, uma competição de perguntas e respostas sobre conhecimentos técnicos da suinocultura quanto às Doenças Entéricas. O prêmio é uma iniciativa da MSD Saúde Animal, apoiada pela Agriness. “Participar deste campeonato foi uma grande experiência profissional e pessoal. Os temas abordados são essenciais para ter produtos com a qualidade que nós da Alegra prezamos. Com certeza esse prêmio é uma conquista de toda a equipe”, comenta Marlon. 

Na produção, os benefícios da iniciativa aparecem na qualidade da mercadoria e na rotina de trabalho dos colaboradores. “O principal impacto é ver a mudança de comportamento dos colaboradores com os animais e a forma como o processo fica mais leve para todos. É o conceito do bem-estar único. Portanto, para os colaboradores, investimos em treinamentos sobre bem-estar animal, no descanso regulamentar durante sua jornada de trabalho, no rodízio de funções, na capacitação dos motoristas e no esclarecimento das normas aos responsáveis pelo transporte e aos cooperados”, diz. “O manejo correto evita hematomas, fraturas e estresse excessivo, fatores que comprometem a qualidade da carne e podem ocasionar a perda de nutrientes”, complementa. 

Com esse crescimento da consciência dos consumidores sobre a procedência e qualidade dos produtos, o bem-estar animal se torna um diferencial competitivo para as empresas também. “Quando iniciamos a produção dentro desse modelo, foi uma questão de tempo até o reconhecimento de nossos controles sobre os códigos de práticas definidos por organizações nacionais e internacionais, como a World Animal Protection no Brasil e North American Meat Institute”, finaliza Tirelli. 

Sobre a Alegra

A indústria de alimentos Alegra é a união das cooperativas de origem holandesa, Frísia, Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. Uma empresa que combina condições de trabalho ideais aliando tecnologia, equipamentos de última geração, preocupação com o bem-estar dos animais e sustentabilidade em seu parque industrial, sempre primando pela excelência em seu produto final, que utiliza as melhores carnes suínas.

Em 2017, a marca conquistou o reconhecimento quanto às Práticas de Bem- estar Animal no abate, tornando-se a primeira planta brasileira a receber essa certificação em bem-estar suíno, pela WQS. Mais informações em www.alegrafoods.com.br.

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