Queda na temperatura e demora na busca por atendimento aumentam riscos de infarto e AVC

Especialistas alertam sobre sintomas e consequências de um socorro tardio

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação são responsáveis por mais de 30% dos óbitos registrados no País. Neste período do ano, vale um duplo alerta: o frio aumenta os riscos de infarto e AVC e, além disso, devido ao medo da contaminação pela COVID-19, os pacientes estão adiando exames e consultas e evitando ir a uma unidade de pronto atendimento.

De acordo com Gustavo Lenci Marques, cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, o aumento no risco de infartos e de AVC em temperaturas baixas acontece por uma adaptação do corpo ao frio e pela mudança de hábitos físicos e alimentares. “O corpo responde ao frio fechando os vasos, fazendo um processo chamado de vasoconstrição. Ou seja, nossos vasos sanguíneos ficam mais fechados, o que gera uma resistência maior para o coração bombear o sangue. Além disso, as pessoas praticam menos atividades físicas e a dieta passa a ser mais rica em gorduras e com mais sódio”, afirma o cardiologista.

A recomendação é que, ao sentir sintomas como dor no peito e falta de ar exacerbada, o paciente deve procurar imediatamente um pronto atendimento, desta forma reduzindo os danos ao coração e o risco de morte.

Desde o início da pandemia, hospitais especializados do Paraná registraram queda de cerca de 50% nos atendimentos. Para garantir maior tranquilidade ao paciente, o Hospital Marcelino Champagnat tomou uma série de medidas: “Realizamos diversas mudanças em nossa infraestrutura, desde a implantação de um serviço de telemedicina que orienta a população com sintomas respiratórios, um pronto atendimento exclusivo para pacientes com esse tipo de sintoma até a implementação de uma ala dedicada para internação desses pacientes. Ou seja, quem precisa de uma consulta ou cirurgia eletiva ou de um atendimento emergencial para sintomas cardiovasculares, por exemplo, será atendido numa área diferenciada”, explica o médico e diretor técnico do Hospital Marcelino Champagnat, Rogério de Fraga. “É fundamental que o paciente não descuide da saúde”, completa.

A neurologista do Hospital Marcelino Champagnat, Lívia Figueiredo, também alerta para os sintomas do AVC, que aparecem de forma súbita e são caracterizados pela fraqueza, perda de força, formigamento em uma metade do corpo, boca torta, dificuldade na fala, na visão e no equilíbrio. “Se o paciente tiver qualquer um desses sintomas é importante procurar um serviço de saúde imediatamente, preferencialmente um com atendimento especializado em neurologia ou, então, acionar um serviço de emergência médica”, orienta a neurologista.

Segundo os especialistas, as principais recomendações nessa época mais fria do ano são praticar atividades físicas, evitar a exposição desprotegida ao frio excessivo, manter hábitos de vida saudável e continuar com a proteção à COVID-19, como uso de máscara em locais públicos e evitar aglomerações em ambientes fechados.

Sobre o Hospital Marcelino Champagnat

O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).

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