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Reservatório extra permite que os empreendimentos dependam menos das companhias de abastecimento de água e estejam preparados para lidar com períodos de racionamento, que atingiram cidades brasileiras este mês
Além do combate ao novo coronavírus, a falta de água tem impactado muitos estados brasileiros nesse período de pandemia. Os empreendimentos que dispõem de um sistema de captação e reaproveitamento de água pluvial têm sofrido menos com o problema, pois a alternativa, além de reduzir os gastos com água, proporcionam uma relação sustentável com os recursos hídricos e, consequentemente, uma reserva maior para enfrentar os períodos de estiagem.
Os sistemas podem captar a água nos períodos chuvosos para utilizar em épocas mais secas. A captação, que acontece nos telhados e calhas dos prédios e no piso das áreas comuns, é canalizada passando por um filtro que retira impurezas e sedimentos como folhas, terra e areia. Em seguida, a água é depositada em um reservatório, que fica disponível para ser usado em áreas comuns, como na limpeza de calçadas, por exemplo, por ser imprópria para o consumo.
Segundo o engenheiro civil da A.Yoshii Engenharia, Paulo Alexandre Tomen, a maioria dos empreendimentos da construtora, localizados em Londrina (PR), Maringá (PR), Curitiba (PR) e Campinas (SP), já dispõe deste sistema de reaproveitamento de água. “Dependendo da quantidade de chuva em um determinado mês, o sistema consegue compensar a demanda mensal. Assim, o condomínio nem chega a usar os recursos da companhia de água do município, para atividades que podem ser realizadas com água da chuva filtrada”, explica.
Enquanto um prédio comum consome uma média de 5 a 10 mil litros de água potável nas áreas úteis, que poderia ser poupada ou utilizada em outras tarefas, um edifício com o sistema de reutilização de água pluvial deixa de consumir aproximadamente 8 mil litros de água tratada, representando uma economia aproximada de 30% na conta, o que varia de acordo o tamanho do reservatório e a demanda hídrica. Em meses mais chuvosos, o reservatório ativa um sistema para evitar vazamentos e descarta a água extra em uma rede de coleta de águas pluviais. Em meses mais secos, é acionado um dispositivo que regula a quantidade de água, mantendo o nível mínimo para utilização.
Além do impacto financeiro, o engenheiro civil destaca os benefícios para o meio ambiente, que levaram a construtora A.Yoshii a implantar o sistema em seus empreendimentos há aproximadamente 10 anos. “Hoje a gente tem mais do que nunca essa preocupação com o meio ambiente, de estar construindo edificações mais sustentáveis. Mais do que reduzir a conta de água, o que é excelente, é importante pensar na questão ambiental, indo contra o desperdício de água. Claro que é necessário lavar a calçada e manter os ambientes limpos, mas se você lavar com uma água reaproveitada da chuva, você deixa de gastar a água tratada, que poderia ser destinada para outros fins”, afirma Tomen.
Grupo A.Yoshii
Fundado em 1965, o Grupo A.Yoshii construiu mais de 2 milhões de m² do Sul ao Nordeste do Brasil, entre obras industriais, edifícios corporativos e residenciais, escolas, universidades, teatros e centros esportivos. É composto pela A.Yoshii Engenharia, com sólida atuação em construções de edifícios residenciais e comerciais de alto padrão em Londrina, Maringá e Curitiba, e acaba de expandir sua atuação para a cidade de Campinas; pela Yticon Construção e Incorporação, que realiza empreendimentos econômicos, localizados em regiões de potencial valorização em municípios do Paraná e interior de São Paulo, e pelo Instituto A.Yoshii, voltado para a inserção social e a democratização cultural. Mais informações: www.ayoshii.com.br