Seis recordes brasileiros provam que o País é hexacampeão

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Com a derrota diante da Bélgica, o Brasil se despediu da Copa do Mundo da FIFA na Rússia adiando o hexacampeonato. Mas, se no futebol o sexto título terá que esperar mais quatro anos, longe dos gramados o país acumula outras vitórias igualmente importantes e chama a atenção do mundo por características naturais únicas e grande biodiversidade. Conheça alguns recordes que já deram o hexa ao Brasil:
1. Maior floresta tropical úmida
A Amazônia é a maior floresta tropical úmida do Planeta, com 3,6 milhões de km² de área apenas no Brasil, o equivalente ao tamanho de 11 países europeus juntos: Inglaterra, Bélgica, Croácia, França, Polônia, Espanha, Alemanha, Itália, Suécia, Finlândia e Noruega. Em sua dimensão total, a floresta chega a 6,5 milhões de km², ocupando nove países, mas com a maior parte – cerca de 40% – em solo brasileiro. No Brasil, ela está presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
A floresta amazônica corresponde a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas, armazenando 20% da quantidade de água doce que existe no mundo e um estoque de minérios incalculado até o momento. Além disso, são mais de 2.500 espécies de árvores, 30 mil espécies de plantas registradas; três mil espécies de peixes; 950 tipos de aves; além de inúmeros insetos, répteis, anfíbios e mamíferos.
 
2. Maior bacia hidrográfica e maior rio
A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km² e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.
Seu principal rio, o Amazonas, também é o maior do mundo, tanto em comprimento, com 6.937 quilômetros, quanto em volume, sendo responsável por 1/5 do volume total de água doce que deságua em oceanos em todo o mundo, com 175 milhões de litros d’água por segundo.
 
3. Savana mais rica do mundo
Ao falar de Savana, muita gente lembra imediatamente do território africano, com a presença de grandes animais e formação vegetal característica. Mas o Brasil sai na frente quando o assunto é biodiversidade. O Cerrado, bioma que ocupa cerca de 22% do território nacional, é considerado a Savana mais rica do mundo.
De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, no Cerrado são encontradas 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. A região também é habitat de inúmeros animais. “Somente no Distrito Federal, há mais espécies de anfíbios que em toda a Europa. Se pensarmos em diversidade de herbáceas, o Cerrado ganha de goleada de qualquer outra Savana do planeta”, explica o biólogo, professor da Universidade de Brasília e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Reuber Brandão.
“Muitas vezes admiramos a Savana africana com os elefantes, zebras e outros grandes animais e não percebemos que no Cerrado brasileiro a riqueza está nos detalhes que se revelam para quem tem paciência de observar”, complementa. O especialista ressalta que essa grande diversidade biológica corre perigo, uma vez que o Cerrado sofre com a degradação. “Temos que parar de olhar tanto para os gramados dos campos de futebol e prestar mais atenção nos campos de gramíneas que temos nas veredas do Cerrado. Se acabarmos com o bioma, vamos perder grande parte daquilo que nos torna brasileiro”, finaliza.
 
4. Maior planície alagável
Considerada a maior extensão de inundação contínua do planeta, o Pantanal abriga, segundo o Ministério do Meio Ambiente, 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos. Segundo o biólogo, professor da Universidade de Brasília e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Reuber Brandão, a fauna é adaptada ao ritmo de cheias e vazantes característicos do bioma que também concentra uma das maiores densidades de predadores da América do Sul, com a presença de onças pintadas, jacarés e onças pardas.
De acordo com o especialista, o bioma é fortemente impactado com a ocupação humana. “As tentativas de avançar dentro do território geram interferências no sistema de cheias e vazantes. Os métodos de drenagem que facilitam a ocupação humana modificam todo o sistema de inundações, impactando a fauna e a flora que dependem do ciclo natural”, analisa.
Para Brandão, é possível reverter o impacto, sendo necessário aumentar as áreas de proteção. “Contrastando com a grande diversidade do Pantanal, temos uma cobertura de Unidades de Conservação (UCs) muito aquém do que o bioma necessita. Na região, temos apenas o Parque Nacional do Pantanal, que precisa ser ampliado urgentemente, incorporando áreas como a Serra do Amolar”, finaliza.
 
5. Maior Praia
Localizada no município de Rio Grande (RS), a Praia do Cassino tem, segundo a Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Sedactel), 254 km de extensão. A orla inicia nos Molhes da Barra do Cassino e termina nos Molhes do Chuí, na fronteira com o Uruguai. De acordo com a Sedactel, durante o período de alta temporada, o balneário chega a receber mais de 150 mil turistas do Brasil e demais países da América do Sul. Entre as principais atividades realizadas pelos visitantes estão a caminhada pela orla, a observação de animais marinhos e aves migratórias e a prática de esportes náuticos como surf. A praia também abriga ruínas do navio Altair, encalhado no local desde 1976 e que se transformou em atração turística.
 
6. Campeão no quesito “país megadiverso”
Dos 193 países que existem no mundo, 17 concentram entre 60% e 80% da vida na terra, e o Brasil se encontra no topo da lista. A classificação de “País megadiverso” é baseada no trabalho do biólogo Russel Mittermeier, descrito no livro “Megadiversity: Earth’s Biologically Wealthiest Nations” (“Megadiversidade: As nações mais ricas biologicamente da Terra”), publicado pela Conservation International em 1997. Diversos países da América estão presentes na lista por possuírem muitas áreas naturais ainda intactas, como é o caso do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, Equador, Peru e Estados Unidos. Os demais países da lista são África do Sul, Madagascar, República Democrática do Congo, Indonésia, China, Papua Nova Guiné, Índia, Malásia, Filipinas e Austrália.
Com 8,5 milhões de km², o território brasileiro ocupa quase metade da área total da América do Sul e engloba diversos tipos de climas, do úmido ao semi-árido, resultando em diversos tipos de biomas dentro de um só país: a Mata Atlântica, o Pantanal, o Cerrado, a Caatinga, os Pampas e a Amazônia. Sem contar a zona costeira brasileira que, ao longo de seus 3,5 milhões de km², inclui ecossistemas como recifes de corais, lagoas, estuários, pântanos, manguezais e dunas. “O Brasil abriga mais de 20% de toda a variedade de espécies presentes na Terra e esse é um tesouro de valor inestimável. A diversidade biológica não deve ser vista apenas pela utilidade direta que esses organismos vivos podem trazer ao ser humano – por isso, é fundamental envolver a sociedade e trabalhar o conceito de serviços ecossistêmicos, ressaltando todos os benefícios que o funcionamento dos ecossistemas produzem, como água limpa, ar puro, polinização, solos férteis, controle de erosão, proteção contra eventos climáticos extremos (como furacões, ciclones, tufões, secas extremas, inundações) e desastres naturais (como tsunamis)”, ressalta o gerente de Economia da Biodiversidade na Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, André Ferretti.
 
Sobre a Rede de Especialistas
A Rede de Especialistas de Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
 

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