O novo coronavírus está mudando a rotina das pessoas do mundo inteiro e as empresas precisam acertar nos pronunciamentos e comunicados neste período. Jamais vivemos uma situação dessas, com um bombardeio de informações contraditórias, opiniões sem embasamento, mudanças constantes de cenário e as lamentáveis fake news.
Em meio a tudo isso, as corporações precisam se posicionar em momentos estratégicos para apresentar suas ações perante à crise.
A Central Press selecionou os sete erros mais comuns em comunicados oficiais durante a pandemia, para que sejam evitados:
1.Confundir surto com pandemia
Surto é quando há um aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. A pandemia é considerada o pior dos cenários. É quando a doença se espalha por diversas regiões do planeta – caso da COVID-19.
2. O COVID-19 ou a COVID-19?
Um dos erros mais comuns vistos em comunicados é a confusão entre o vírus e a doença. Frases com “o vírus COVID-19” são comuns, mas estão erradas. A COVID-19 é a doença provocada pela infecção causada pelo coronavírus ou SARS-CoV-2, que é o nome dado pela Organização Mundial de Saúde.
3. Isolamento não é quarentena
O isolamento não é obrigatório, ninguém controla as ações das pessoas. É um ato de civilidade para a proteção das outras pessoas. Já a quarentena, segundo o Ministério da Saúde, é uma medida obrigatória, restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a velocidade de transmissão do novo coronavírus.
4. Falar o que não sabe
Diante de questionamentos de clientes, funcionários, imprensa ou qualquer outro público, muitos empresários se sentem obrigados a responder imediatamente. Sim, a opinião pública exige respostas rápidas, mas, em período de incertezas, quando nem os órgãos oficiais sabem exatamente o que vai acontecer, não é demérito algum dizer que não sabe ou que ainda não tomou uma decisão definitiva.
5. A palavra é prata. O silêncio é ouro.
Não é momento de falar sem ser questionado. Porém, é importante ter respostas prontas para ser ágil no atendimento aos pedidos de posicionamento. E, claro, lembrar que cada público precisa de uma comunicação específica. Ou seja, não dá para usar o mesmo comunicado para colaboradores, órgãos públicos e imprensa, por exemplo. Cada um deles necessita de um material com linguagem própria e de níveis de informação diferentes. Mas não esqueça: a verdade deve sempre prevalecer. Esconder situações de risco, omitir dados ou agir de maneira antiética pode colocar tudo a perder.
6. Prometer o que não poderá ser cumprido
No ímpeto de responder aos questionamentos e acalmar os ânimos, algumas empresas estão prometendo coisas que não sabem se poderão cumprir. Afinal, durante as crises, é necessário levar em conta os prazos e os possíveis desdobramentos. A pandemia pode durar mais tempo que o previsto ou trazer consequências que ainda não foram mapeadas. Portanto, a dica é: só prometa o que tem certeza que poderá ser cumprido, independente do que aconteça. Credibilidade acima de tudo.
7. Linguagem corporal inadequada
O corpo fala! Por isso, se o comunicado precisar ser feito em formato de vídeo, a linguagem corporal não pode ser muito “solta” e a expressão facial não pode ser alegre. A ocasião pede uma postura firme e séria, mas com uma linguagem de simples entendimento e mensagens claras e concisas.