Faltando pouco para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ansiedade com a prova de redação cresce entre os estudantes. A ideia de que é preciso ter “inspiração”, “frases prontas” ou “decoração de citações” para tirar nota mil ainda assombra muitos candidatos. Mas segundo professores experientes, o segredo está longe disso: trata-se de técnica, organização, repertório e muita prática.
A seguir, desvendamos sete mitos comuns — e perigosos — sobre a redação do Enem, com base nas orientações de professores do Curso e Colégio Positivo, do Passo Certo Bilingual School, do Colégio Semeador, do Vila Olímpia Bilingual School e de outras escolas com desempenho de destaque na prova. Confira o que você precisa saber para escrever com mais segurança e autenticidade.
- “Só tira nota alta quem escreve bonito”
Mito! O que importa não é “florescer” o texto, mas sim ser claro, objetivo e coerente. A redação precisa cumprir cinco competências avaliadas pelo Enem, e nenhuma delas exige linguagem rebuscada. Pelo contrário: o uso da norma-padrão da língua deve ser funcional — o que significa evitar erros gramaticais e manter a clareza do raciocínio.
- “Citar filósofos famosos garante mais pontos”
Errado. Citações só valem pontos quando ajudam a desenvolver a tese. Usar um autor apenas para “encher linguiça” ou impressionar o corretor pode até prejudicar a nota. Segundo Candice Almeida, do Centro de Inovação Pedagógica (CIPP) do Colégio Positivo, até referências simples, como notícias, leis e filmes, funcionam — desde que façam sentido com o tema.
- “Preciso emocionar o corretor”
Não precisa. Diferente de redações literárias, o Enem exige um texto dissertativo-argumentativo. O que conta é o raciocínio lógico, o encadeamento das ideias e a defesa bem fundamentada de uma tese. Emoção pode aparecer, mas não é o objetivo central.
- “Cada parágrafo deve ser único”
Nada disso. Os parágrafos devem ser bem conectados e seguir uma progressão lógica. Como explica João Filipe de Souza Magnani, professor do Curso Positivo, cada parágrafo deve “conversar” com o anterior e preparar o leitor para o próximo.
- “Se eu decorar muitas citações, estou pronto”
Falso. O Enem valoriza repertório crítico e variado — e isso se constrói com leitura, não com memorização. Professores recomendam o contato frequente com jornais, livros, filmes, podcasts e até séries. O importante é saber aplicar esse repertório ao tema.
- “A proposta de intervenção é só um detalhe”
Erro grave. Essa parte vale muitos pontos e deve apresentar cinco elementos: agente, ação, meio, efeito e detalhamento. Muitos estudantes erram ao escrever soluções genéricas como “é preciso investir em educação”. O Enem quer propostas claras, viáveis e bem pensadas.
- “Quem escreve bem não precisa revisar”
Perigoso. Escrever direto a limpo aumenta o risco de repetir ideias, errar palavras e perder pontos por coesão ou gramática. Use o rascunho, revise com calma e, se puder, leia em voz baixa para perceber frases confusas.
Sobre o Colégio Positivo
O Colégio Positivo, reconhecido como líder e referência no setor educacional, teve sua origem como um prestigiado curso pré-vestibular, expandindo sua atuação para se tornar uma instituição de destaque no campo da educação. Integrante do Grupo Positivo, sua história é marcada pelo compromisso de formar indivíduos éticos, conscientes e solidários, preparados para os desafios futuros com excelência. Desde os primeiros estágios da jornada educativa, o Colégio Positivo se distingue por sua abordagem transformadora, presente em todos os níveis de ensino. Com uma presença consolidada em 20 unidades distribuídas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, a instituição acolhe aproximadamente 16,5 mil alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.