De acordo com os cálculos da ONG Global Footprint Network, a partir desta quarta-feira, 2 de agosto, a humanidade já terá consumido todos os recursos que o planeta ainda poderia renovar em um ano.
Considerando os recursos consumidos pela pesca, gado, agricultura, construção e utilização da água, que geram grande emissão de carbono, seria necessário o equivalente a 1,7 planeta para suprir a demanda atual da humanidade. Caso não sejam adotadas estratégias de conservação desses recursos, as consequências previstas para os próximos anos por especialistas da ONG internacional são: escassez de água, desertificação, erosão dos solos, desaparecimento de espécies e outros prejuízos. Apesar de esta não ser a primeira vez que a Terra fica sobrecarregada, a cada ano esta data avança ainda mais.
No caso do Brasil, a situação é ainda mais preocupante. No mês de julho o País já havia consumido todos os recursos que o planeta poderia renovar, o que geraria uma demanda de 1,8 planeta para suprir os gastos dos brasileiros – média acima da taxa mundial. Com esse cenário, o Brasil está na 13ª colocação do ranking mundial de países que mais excedem a quantidade de consumo dos recursos produzidos pela Terra.
Sugestão de entrevistado: Fabiano Melo é biólogo, doutor em ecologia e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.
Sobre a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza
A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza é uma reunião de profissionais, de referência nacional e internacional, que atuam em áreas relacionadas à proteção da biodiversidade e assuntos correlatos, com o objetivo de estimular a divulgação de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira. A Rede foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.