Artigo: TI Bimodal: caminho sem volta nas corporações

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Para acompanhar a transformação digital, as empresas estão reestruturando sua área de Tecnologia da Informação em dois modelos: operações e novos negócios

Conduzir o processo de transformação digital é um caminho inexorável para as grandes corporações. Com a sobrevivência em jogo, é preciso ter agilidade para competir em um mundo no qual a velocidade das mudanças é alta. Protagonista neste processo, a área de Tecnologia da Informação (TI) tem um desafio à frente: tocar a operação do dia a dia sem deixar de lado a busca por inovações que irão gerar novas oportunidades de negócios.
A saída escolhida pela maioria das empresas é a adoção de uma TI bimodal. O conceito, apresentado pelo Gartner em 2013, propõe dividir a área de TI em duas equipes: uma focada nas rotinas diárias e responsável pela entrega de serviços com excelência e confiabilidade nas operações cotidianas, e a outra voltada à exploração de novas tecnologias visando a identificação de oportunidades de negócio.
Esse modelo, segundo o Gartner, será usado por cerca de 75% das empresas ainda este ano, pois suporta melhor as empresas em suas jornadas para a transformação digital. Isso porque, na maioria das vezes, quando se tem uma única equipe responsável pelas duas áreas, as necessidades do dia a dia acabam tomando tempo dos profissionais, que não conseguirão pensar em inovação e digitalização. Com a divisão, as organizações terão sempre uma equipe focada em novas tecnologias, o que ajudará a acelerar a velocidade das mudanças e da transformação do negócio.
Portanto, a TI bimodal é o modelo mais adequado para o universo digital que estamos vivendo, em que há um imenso volume de trabalho e dados nas organizações, necessidade cada vez maior por parte das empresas de oferecer uma melhor experiência ao consumidor e, com isso, uma competitividade ainda mais acirrada entre elas.
Porém, mesmo que você já esteja entre a grande maioria das empresas que terá uma TI bimodal em 2017, existem outros importantes desafios a vencer. Um deles está relacionado aos profissionais dessas áreas, que, na maioria das vezes, têm perfis muito diferentes. Então, como fazer para que essa engrenagem funcione perfeitamente?
O papel das lideranças, seja um CIO ou um CTO, é essencial. Conhecer bem a cultura organizacional da empresa é muito importante para traçar estratégias que permitam que essa abordagem bimodal aconteça da maneira mais assertiva possível. Porém, eles não conseguirão fazer esse processo sozinho e precisarão do apoio do RH para engajar os colaboradores, mostrar a eles que existem desafios em ambos os lados e para dividi-los com base nas necessidades da empresa e também no perfil profissional deles.
Para simplificar esse processo, muitas empresas estão fazendo um job rotation entre os dois modelos visando permitir que os colaboradores atuem tanto em operação quanto em inovação. Esse balanço, entre o legado da empresa e a novas oportunidades, é um ponto que precisa ser tratado com atenção e merece uma política de RH específica para atender às demandas das áreas.
Nos EUA, por exemplo, principalmente por conta da nova geração, atraída mais pela inovação, existem políticas de atração de talentos para a TI tradicional. Afinal, os sistemas de comunicação, as redes e a infraestrutura de todas as empresas precisam de bons profissionais para continuar permitindo a inovação, pois é a TI tradicional que suporta os negócios atuais de qualquer organização, gerando lucro para a companhia e valor para o cliente final. A área de inovação ainda é uma grande aposta!
Os gastos das empresas em TI confirmam isso. Atualmente, 85% deles ainda são relacionados à TI tradicional. Porém, devido à enorme necessidade de gerar valor a partir da digitalização, as organizações estão apostando no modelo bimodal para melhorar processos, aprimorar o relacionamento com os clientes, oferecer produtos e serviços mais simples e com maior usabilidade, entre outras inúmeras mudanças. No entanto, para gerar, de fato, um valor agregado à operação, os dois lados da TI bimodal não podem atuar de forma totalmente separada. As duas áreas precisam trabalhar de forma integrada. E isso também exige uma mudança de cultura!
 
*Alexandre Azevedo, diretor da TOTVS Private.

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