Estilo que rompe o silêncio do minimalismo está de volta e defende a liberdade criativa como um manifesto expressivo de que a casa deve ter alma, intensidade e camadas
A decoração maximalista é a nova tendência que promete ganhar espaço nos lares. Entre as apostas para interiores apresentadas pelo Pinterest Predicts para 2025, o maximalismo ganhou destaque. Em contraste com o discreto quiet luxury e a estética minimalista — caracterizada por cores neutras, espaços organizados e atmosferas calmas —, o movimento ressurge de forma ainda mais teatral e ousada, impulsionado pelas redes sociais e por um cenário econômico e cultural em constante transformação.
O maximalismo surge como resposta à neutralidade do estilo minimalista, que predominou nos mundos do design, da arquitetura e da moda nos últimos anos. Em oposição às paletas suaves e linhas retas, a proposta aposta em cores vibrantes, texturas marcantes, estampas e sobreposições que conferem personalidade e profundidade a cada ambiente.
“Como um grito de liberdade estética, o maximalismo defende mais personalidade, mais memória e mais cor. É expressão. É transformar espaços em reflexos do que somos, com composições ousadas, cores vibrantes, objetos afetivos e muita mistura. Estampas se sobrepõem, estilos se fundem — e o resultado não é caos, mas identidade. Cada canto traz uma narrativa; cada detalhe é escolhido com intenção, mesmo que pareça improvisado. Se o minimalismo era silêncio visual, o maximalismo é conversa. Ele convida o olhar a passear, descobrir, interpretar. E, mais do que uma tendência, é um movimento emocional: um desejo de reconexão com o que é humano e imperfeito”, explica o arquiteto da GT Building, Fabio Lima.
Retorno triunfal
O retorno do maximalismo é consequência direta da saturação dos ambientes neutros e da homogeneização estética. Em um mundo hiperconectado, com informações repetidas e formatos previsíveis, manifesta-se uma necessidade quase urgente de autenticidade. Mais do que uma abordagem decorativa, o maximalismo é uma reação cultural. “As pessoas querem viver em casas que expressem suas memórias, que acolham suas coleções, que integrem o novo ao antigo — sem culpa”, complementa o arquiteto.
O arquiteto esclarece que o estilo não precisa ser caro nem excessivo. Com pequenas intervenções e criatividade, é possível transformar qualquer ambiente:
- Escolha uma paleta de apoio: selecione algumas cores principais para garantir coesão no ambiente. Isso permite ousar nas misturas sem comprometer a harmonia.
- Crie uma galeria de parede: combine quadros, fotos, pôsteres e até objetos tridimensionais, como cestos e pratos decorativos. O segredo está em compor com liberdade, mas mantendo o equilíbrio visual.
- Valorize coleções pessoais: livros, velas, cerâmicas, brinquedos antigos ou garrafas especiais — agrupá-los por cor ou temática cria um ponto focal afetivo e esteticamente marcante.
- Use texturas diferentes: misture veludo, madeira, linho, metal e palha. O contraste entre materiais gera riqueza visual e convida ao toque.
- Restaure e personalize móveis: resgatar uma peça antiga do brechó ou da casa da avó e transformá-la com pintura ou novo estofado é puro maximalismo — carrega história e causa impacto.
“É comum pensar que maximalismo rima com desordem, mas a verdade é que ele exige curadoria e intuição. Trata-se de saber editar e equilibrar, de aplicar o ‘exagero’ com sensibilidade. Um espaço maximalista bem feito tem alma, mas também tem método. Mais do que um estilo, o maximalismo é uma resposta contemporânea a um mundo que se tornou homogêneo demais. Ele convida à ousadia e nos lembra que viver também é decorar”, finaliza Fabio.
Sobre a GT Building
A GT Building é uma incorporadora curitibana e um dos principais players do mercado imobiliário da capital. Preocupada com o futuro, a GT Building se posiciona como uma empresa Climability®, que utiliza suas habilidades de criação de projetos inovadores aliada à consciência e vontade de ajudar na construção de um mundo melhor. Com o objetivo de neutralizar sua pegada ecológica, a empresa fez parcerias com organizações de preservação de biomas brasileiros para aquisição de créditos de carbono, compensando suas emissões de gases de efeito estufa.