Pesquisa mostra que 98% dos passageiros de ônibus não usam cinto de segurança nas viagens

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Estudos comprovam que o equipamento reduz em 70% as lesões e em 40% o risco de morte. Fepasc admite que é difícil convencer passageiros a utilizar

No dia 8 de junho, 18 pessoas morreram após um grave acidente na rodovia Mogi-Bertioga, no Litoral de São Paulo. Apenas três dias depois, um ônibus que transitava na PR-445 tombou entre Tamarana e Londrina, resultando em 38 feridos e três vítimas fatais.
Os acidentes retratam uma triste coincidência: o uso correto do cinto de segurança poderia ter salvado muitas vidas. Apesar de a legislação prever o uso do equipamento de segurança no transporte coletivo intermunicipal e interestadual, essa é mais uma lei que ainda demanda muita conscientização social para ganhar adesão.
Uma pesquisa feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostrou que 98% dos passageiros ignoram o cinto de segurança nas viagens. “A segurança também depende do comportamento dos usuários, que precisam exigir o cinto, e, ao entrar nestes veículos, não deixar de usá-lo”, defende Mauro Gil Meger, vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
No transporte coletivo de passageiros, os veículos proibidos de transportar passageiros em pé também devem disponibilizar cintos em boas condições e com acesso facilitado a todos os usuários. “As empresas de transporte de passageiros sempre reforçam em suas viagens a obrigatoriedade do cinto. Antes de dar partida no veículo, o motorista se apresenta para os passageiros e ressalta a importância do uso do cinto de segurança, esse é o nosso procedimento padrão”, explica o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e de Santa Catarina (Fepasc), Felipe Gulin.
Estudos comprovam que o cinto de segurança reduz em 70% as lesões e em 40% o risco de morte desses passageiros, mas Felipe afirma que ainda existe um longo caminho de conscientização da importância do uso do cinto. “Nós da Fepasc sempre procuramos apoiar campanhas que alertem sobre o uso do cinto de segurança. Essa é uma mudança de hábito que salva muitas vidas”, alerta.
O presidente completa: “não importa a distância ou a situação. O uso do cinto de segurança reduz significativamente as lesões nos automóveis, mas, no transporte de passageiros em ônibus e vans, o uso desse dispositivo pode evitar tragédias de grandes proporções”.
 
Fepasc
A união de dez sindicatos patronais forma a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina, a Fepasc. Representando aproximadamente cem empresas de transporte, a entidade abrange vários segmentos: rodoviário urbano, metropolitano, intermunicipal, interestadual e de fretamento e turismo. Por representar um número expressivo de empresas, a Fepasc possui uma cadeira no Conselho de Representantes da Confederação Nacional do Transporte, com isso as demandas do Paraná e de Santa Catarina são expostas e representadas em âmbito nacional. Atualmente a Fepasc é presidida por Felipe Busnardo Gulin, que assumiu a entidade em janeiro de 2015.

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