Pós-Enem: estudantes devem descansar, mas também ficar atentos aos prazos e às regras para acesso ao Ensino Superior

O Exame Nacional do Ensino Médio é, para milhares de estudantes, um dos momentos mais esperados do ano. São meses de preparação e uma rotina intensa de estudos. Após as duas provas do Enem, muitos candidatos sentem alívio e, ao mesmo tempo, uma ansiedade diferente, aliada à dúvida sobre o que fazer a seguir. Tal sentimento é compreensível, afinal, para esses jovens, após a prova e a divulgação do gabarito oficial é apenas o início de uma espera que só vai terminar com a confirmação de acesso a uma vaga no Ensino Superior.

O primeiro passo, segundo orientações de especialistas, é procurar descansar. Depois de tanto tempo submetendo-se a uma rotina normalmente cansativa de estudos, é necessário pensar em relaxar o corpo e a mente. O que costuma gerar insegurança entre os estudantes é definir exatamente quanto tempo deve durar esse período de relaxamento. De acordo com o coordenador do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, Danilo Capelari, a duração dessa pausa vai depender muito da programação do aluno. “O Enem termina em novembro, mas várias universidades Brasil afora iniciam os calendários de vestibulares a partir de agora, então, se o estudante ainda tem outras provas agendadas, não é possível descansar por um tempo muito prolongado. Se será apenas uma semana, duas ou menos, depende muito daquilo que o estudante se propôs a fazer. Se ele está cursando o 3.º ano do Ensino Médio, precisa ainda se preocupar em fechar as notas para concluir o ano letivo. Não pode relaxar por completo”, alerta Capelari.

Como deve ser esse descanso também é algo que pode deixar dúvidas. O educador acrescenta que, novamente, isso é muito relativo e não existe uma regra. “A forma de descansar é muito individual para cada estudante. Depende da realidade, programação, pretensões e possibilidades de cada um. Se for possível e houver tempo para fazer uma viagem, ainda que rápida, para descansar a cabeça e trazer algum prazer, essa é uma possibilidade bacana. A atividade física também ajuda a descansar a mente e faz bem para o corpo. Leituras, filmes e séries que possam trazer entretenimento e lazer também são boas opções para recompor o estado físico e mental. Não há uma regra, o importante é que cada jovem consiga enxergar e compreender as próprias necessidades”, orienta.

Após esse momento inicial de descanso, Capelari aconselha o estudante a voltar a atenção para os processos que garantem acesso às instituições de Ensino Superior e a pesquisar sobre como a nota do Enem pode ser usada nesses programas. “No Brasil, temos atualmente vários programas que ajudam o estudante a conquistar uma vaga em uma faculdade, seja pública ou privada. Isso sem contar nos processos seletivos próprios de inúmeras universidades, que muitas vezes também utilizam a nota do Enem como um dos critérios de seleção. Então, esse é o momento para procurar se informar com cuidado e atenção sobre todas as possibilidades que estão ao alcance, para não deixar passar nenhuma informação ou prazo importantes”, reforça.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada, Sisu, é o processo seletivo do governo federal que utiliza a nota do Enem para o acesso ao Ensino Superior. Os candidatos que se inscrevem nesse programa concorrem a uma vaga em universidade pública ou instituição federal. Essa é uma das formas de seleção mais concorridas e esperadas pelos estudantes. Para ser selecionado por intermédio do Sisu, é preciso estar atento ao prazo de inscrição e também depois que se inicia o processo seletivo, que costuma durar, em média, quatro dias. Podem participar todos aqueles que realizaram as provas da última edição do Enem e não zeraram a nota da redação. Quem não conseguir vaga no processo realizado no início do ano, tem uma segunda chance na próxima edição do Sisu,  no meio do ano.

Prouni

O Programa Universidade para Todos, Prouni,  do governo federal, distribui bolsas de estudos para faculdades particulares. Para conseguir participar, o estudante precisa ter realizado as provas da última edição do Enem, não ter zerado a redação e apresentar uma nota geral do exame acima de 450, além de se enquadrar nos requisitos de renda e formação escolar. As bolsas podem ser de 50%, para os candidatos que comprovem renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa, ou de 100%, para aqueles que comprovem renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa.

Fies

O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, Fies, concede financiamentos estudantis a juros baixos e com longo prazo de pagamento, que só começam a ser realizados após o encerramento do curso. Para participar, o estudante deve ter realizado qualquer edição do Enem a partir de 2010, ter alcançado a nota mínima de 450 e não ter zerado a redação. Também é preciso se enquadrar nos critérios de renda familiar estabelecidos pelo Fundo.

Além desses programas, é importante que os estudantes realizem uma pesquisa cuidadosa para identificar quais faculdades também usam a nota do Enem como parte dos critérios de seleção. Muitas instituições costumam aceitar a nota do exame sem que o candidato precise fazer o vestibular. “O ideal é que o estudante verifique cada uma das instituições de interesse, tomando o cuidado de checar todas as informações, pois cada faculdade tem suas próprias regras de acesso”, reforça Capelari. 

O especialista destaca ainda que é possível usar a nota do Enem para cursar uma faculdade fora do Brasil. “Atualmente, o Inep tem convênio com mais de 50 instituições de Ensino Superior em Portugal, onde a nota do estudante pode ser utilizada. Novamente, cada instituição portuguesa tem suas próprias regras e critérios. É preciso estar bem informado para não perder oportunidades. Portanto, é hora de aproveitar o merecido descanso pós-provas, mas sem perder o foco de que a jornada ainda não se encerrou por completo”, conclui Capelari.

Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à Educação.

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