[flgallery id=993 /]
Em 2016, a cada 24 horas, foram postados, em média, 500 milhões de tweets, 4,5 bilhões de likes no Facebook e 95 milhões de fotos no Instagram. De olho nesses números, empresas do mundo inteiro já utilizam esses mecanismos, que servem como ferramentas de comunicação eficientes e de baixo custo. Atualmente, 65% das empresas brasileiras usam as redes sociais como ferramenta de comunicação, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc). No entanto, não é porque os meios digitais facilitam bastante a promoção de negócios que faça sentido que toda empresa esteja em toda rede social. “É importante saber distinguir quais plataformas são mais receptivas a determinados itens e marcas, de modo a obter o melhor resultado para cada negócio e saber extrair o máximo de cada rede. Cada caso deve ser avaliado individualmente”, avalia o coordenador da Pós-Graduação em Mídias Digitais da Universidade Positivo (UP), Felipe Harmata Marinho.
Os benefícios de saber usar as redes sociais corretamente para fins comerciais são inúmeros e, se bem explorados, podem ser determinantes para o sucesso de uma marca. O problema é que, como a ferramenta é relativamente nova, muitas organizações cometem mais erros que acertos – e o público não perdoa: um passo fora da linha e pode-se colocar tudo a perder. Confira os principais erros cometidos pelas empresas no universo das redes sociais, com comentários e dicas do coordenador:
-
Não estar presente nas redes
Ter um perfil da marca, pelo menos nas principais redes sociais onde o público alvo se encontra, é imprescindível. De acordo com a Content Trends de 2016, 81,4% das empresas utilizam as publicações de redes sociais como principal formato de conteúdo no funil de vendas. Isso, segundo Harmata, reforça a necessidade de estar inserido nas redes. “Se o concorrente está disponível nos canais que o público está, sua empresa também deve estar. Manter um perfil como um canal de comunicação eleva a credibilidade da empresa, além de ser a melhor forma de obter leads certeiros”, explica. Além disso, o especialista lembra que é preciso levar em conta que atualmente a presença online é diluída. “Não adianta estar concentrado em um local só. É preciso analisar o perfil do público e estar presente com estratégias específicas para cada rede social”.
-
Menosprezar o relacionamento com o público
Para que o público aceite o seu produto ou serviço e vire consumidor, há um longo caminho a ser trilhado. O ambiente online permite que a comunicação entre empresa e audiência seja uma via de mão dupla. “Acostume seus seguidores a receber conteúdo da sua marca, incentive que comentem, compartilhem, curtam. O investimento nesse vínculo trará resultados a médio e longo prazos”, ensina Harmata. Deixar de responder e ignorar esse relacionamento pode ser um erro fatal para a marca. “Quando se publica algo nas redes sociais deve-se levar em conta que você apenas está começando uma conversa. Qualquer post é apenas o começo. É preciso monitorar a resposta e os desdobramentos”, lembra ainda o especialista. Além disso, é necessário ter disponibilidade. Vivemos em uma sociedade extremamente rápida e ansiosa, que quer respostas de forma rápida. “Se for demorar para responder, é melhor não estar presente nas redes sociais”.
-
Deixar os canais desatualizados
Outro erro grave é deixar os canais da empresa abandonados. A análise da Social Media Trends 2017 demonstrou que, quanto maior a frequência de publicação nas Redes Sociais, maior o número de visitantes para o blog das empresas, ou seja, maior o resultado. Porém, segundo o professor, a frequência deve ser equilibrada. “Se você atualiza as redes sociais de forma exagerada, o próprio algoritmo do Facebook, Instagram, Youtube, etc, vai entender que a publicação anterior é mais fraca e vai tirar a força do post anterior”. E o inverso também é válido: “é preciso ter frequência para que o algoritmo entenda que você é um criador profissional de conteúdo”. No YouTube, é preciso postar pelo menos um vídeo por semana, para que o algoritmo entenda isso. E no Facebook, a sugestão é que não se agende os posts. “O algorítmo tira parte da força da postagem quando as mensagens são agendadas”, explica Harmata. -
Não gerar conteúdo de valor
Antes de fazer uma inserção em uma comunidade online, a marca deve pensar no ponto de vista da audiência. Esse conteúdo trará informações relevantes ou, de algum modo, satisfatórias para seus seguidores? Além de ser mais interessante para quem lê, os formatos com mais conteúdo, como infográficos, vídeos explicativos e etc. são mais aceitos pelas plataformas. “Se pensarmos no algoritmo, ele vai mostrar em primeiro lugar os vídeos, em segundo lugar as imagens e em terceiro lugar o texto. Então é preciso pensar no audiovisual para ter mais engajamento”, revela o professor. Nas imagens, a sugestão é deixar com pouco texto: quanto menos texto tiver, melhor o engajamento. Ainda vale a sugestão de trabalhar somente com 20% de texto para cada imagem.
-
Esquecer a plataforma mobile
Pensar no mobile é uma das maiores dicas da atualidade. Em pouquíssimo tempo inverteu-se completamente a lógica de consumo de informação. Na maioria dos nichos, a maior parte do conteúdo é visto no mobile. Hoje, 80% do tempo gasto nas redes sociais acontece via dispositivos móveis, como tablets e smartphones, segundo dados da comScore Media Multi-platform & Mobile Metrix. No Youtube, mais da metade das visualizações são originárias de celulares. Logo, é necessário que as marcas criem conteúdos responsivos e, de preferência, diferenciados, para essas plataformas. Para Harmata, “ignorar a força dos smartphones é um erro que, infelizmente, muitas empresas ainda cometem. Você tem que ir aonde o seu público está e, atualmente, ele está no próprio bolso”.
-
Deixar de investir
Sem deixar de lado o bom conteúdo, a marca precisa impulsionar seu alcance online. “São inúmeras empresas disputando a atenção do público, não só com os concorrentes, mas também com a mãe, a irmã e os amigos próximos de quem está lendo. Então, investir para aparecer na timeline dessas pessoas e alcançar o público alvo com segmentação é a melhor forma de aumentar sua rede, de forma certeira e barata. Não dá para se contentar apenas com alcance orgânico”, ressalta o professor. -
Não estar atento ao novo
É preciso estar sempre atualizado para ver o que é tendência e o que muda no meio digital. Nesse meio as novidades são muito rápidas e quem está atualizado costuma ter melhores resultados quando adere ao novo. Harmata cita o exemplo do Snapchat: “ano passado, a grande novidade era o Snapchat. Neste ano, a ideia de stories já foi incorporada por quase todas as redes sociais. Então é preciso sempre estar atento para ver o que tem de novo surgindo”.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo (UP) concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece 58 cursos de Graduação presenciais (31 cursos de Bacharelado e Licenciatura e 27 Cursos Superiores de Tecnologia), três programas de Doutorado, quatro programas de Mestrado, centenas de programas de Especialização e MBA e dezenas de programas de Extensão. A UP conta com sete unidades em Curitiba, além de polos de Educação à Distância (EAD) em 22 cidades espalhadas pelo Brasil. É considerada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a melhor universidade privada do Paraná, pelo quinto ano consecutivo.