Setor de energia enfrenta cenário desafiador no Brasil

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Bandeira verde não é sinal de calmaria, alerta presidente da Abradee, que pede consumo consciente. Representantes do setor se reúnem em Curitiba

 “O ambiente é desafiador para o setor de energia elétrica do Brasil”, alerta Nelson Fonseca Leite, presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), para reforçar a importância das discussões e debates que serão travados durante o XXII – SENDI – Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, o maior evento do segmento na América Latina. O encontro acontece entre os dias 7 e 10 de novembro, em Curitiba, e centraliza a programação nos eixos de inovação, ética, gestão regulatória e clientes, focando no futuro do segmento, sempre em busca do desenvolvimento, da qualidade e da sustentabilidade do negócio.
No setor elétrico, o Brasil dispõe de um enorme potencial para a exploração de fontes de energia renováveis e não-renováveis e possui vantagem competitiva frente a diversos países, principalmente devido à área que ocupa. O país segue o caminho da expansão na geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis, como eólica, hídrica ou biomassa – e com destaque para a energia solar fotovoltaica. Entretanto, segundo o presidente, esse potencial não tem sido aproveitado, devido à falta de políticas concretas para cada alternativa energética. Para Nelson Fonseca Leite, promover a integração das fontes renováveis de energia é o grande desafio que o setor irá enfrentar futuramente, principalmente num país onde a maior parte da energia elétrica consumida tem procedência de empreendimentos hidrelétricos, que respondem por mais de 70% de toda a capacidade instalada do país. Segundo ele, “o Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e agregar mais geração de fontes renováveis contribuirá para torná-la ainda mais sustentável”.
Em relação à inovação tecnológica para o setor elétrico, as empresas começam a desenvolver atividades ligadas a redes elétricas inteligentes, transmissão de energia ultra-alta tensão, geração de energia solar e eólica, além de veículos híbridos e eficiência energética veicular. O presidente lembra também que o setor de distribuição de energia vem enfrentando sobressaltos desde 2013, quando ocorreu uma situação hidrológica desfavorável, com a subcontratação de distribuidoras, resultando em um desiquilíbrio financeiro, cujas consequências perduram até hoje. “A estratégia das distribuidoras foi de evitar repasses dos custos para as tarifas, o que levou, num primeiro momento, aos aportes do Tesouro Nacional, de cerca de R$ 9,8 bilhões, e depois à contratação de empréstimos de bancos privados, na ordem de R$ 23 bilhões”, recorda. Na sequência, veio a retração na economia. A energia passou a sobrar nas distribuidoras, ao mesmo tempo em que os preços das tarifas desabaram.
As duas crises, climática e econômica, geraram prejuízos aos consumidores e às distribuidoras. “Para um país de dimensões continentais como o Brasil, com um sistema de distribuição de energia tão complexo e único, garantir o fornecimento a milhões de pessoas não é tarefa fácil”, pondera Nelson Fonseca Leite. “Portanto, é fundamental proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade”, ressalta. Segundo ele, são necessárias medidas urgentes para mitigar as consequências do desequilíbrio e resgatar a sustentabilidade do negócio, de maneira que as distribuidoras possam concentrar sua atenção na sua missão principal, que é fazer os investimentos necessários para prestar um serviço de qualidade aos consumidores.
Por outro lado, o presidente alerta que as distribuidoras brasileiras devem se preparar para os novos tempos. “Temos que buscar sustentabilidade para investir no incremento de qualidade e modernização das redes elétricas”, afirma. E a atuação da Abradee nesse contexto é fundamental, pois conta com 51 associadas, que correspondem a 99,5% do mercado de distribuição de energia elétrica do país. O setor atende hoje a 77 milhões de consumidores e é responsável por um investimento da ordem de R$ 12 bilhões ao ano em compra de novos equipamentos, treinamento de pessoal, conscientização da população sobre cuidados com a rede elétrica, expansão da rede, atendimento aos consumidores, combate a furtos e fraudes etc.
O presidente da Abradee menciona ainda que, mesmo com a situação conjuntural desfavorável no cenário hidrológico, que elevou substancialmente as despesas com compra de energia e implicou custos adicionais que não estavam cobertos pelas tarifas, o setor de distribuição manteve os investimentos e os resultados continuam estáveis ou em evolução. “O atual marco regulatório do setor elétrico produziu resultados satisfatórios nos últimos anos, mas vem se deparando com novo contexto tecnológico, social, ambiental, de modo que a matriz de risco das atividades do setor precisa ser revisada. Está na hora de promover aperfeiçoamentos nesse marco, por meio de uma ampla discussão com representantes de todos os segmentos do setor”, revela, ressaltando a importância das discussões dos representantes no Seminário.
Para o consumidor final, o presidente explica que a manutenção da bandeira tarifária verde – que significa que a situação da produção de energia do país está mais favorável e a conta da luz sem cobrança extra – se deve, em parte, pela queda da demanda por energia no país. “Por isso, o consumo ainda deve seguir pelo caminho da demanda consciente”, reforça. O SENDI 2016 – XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica é realizado pela Abradee, com a coordenação da Copel. São aguardados cerca de dois mil participantes durante os quatro dias do encontro. As inscrições para o XXII SENDI estão abertas e podem ser realizadas pelo site www.sendi.org.br. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail sendi2016@copel.com ou no telefone (51) 3061-3000.
 
SENDI 2016 – XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica
Data: 7 a 10 de novembro de 2016
Local: Expotrade – Curitiba – PR
 
VI Rodeio Nacional de Eletricistas
Data: 5 a 7 de novembro de 2016
Local: Expotrade – Curitiba – PR
 
Hackathon SENDI
Data: 4 a 6 de novembro de 2016
Local: Expotrade – Curitiba – PR
 
Sobre o SENDI
Realizado desde 1962, o SENDI – Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica é considerado o maior evento do setor na América Latina. Ao longo de 21 edições, realizadas em 12 cidades diferentes, já reuniu mais de 22 mil participantes, além de presidentes da República, governadores, ministros de Estado e representantes das maiores distribuidoras públicas e privadas do País. Parâmetro no processo de modernização do setor e na apresentação de inovações da área, o SENDI já teve ao longo de sua história a exposição de mais de 3 mil contribuições técnicas e mais de 200 diferentes temas abordados.
 
Sobre a Copel
A Copel é responsável pela distribuição de energia para cerca de 4,5 milhões de clientes de 393 municípios do Paraná – além de Porto União, em Santa Catarina. Eleita a melhor distribuidora de energia do Brasil na Pesquisa Abradee 2015, a Copel administra 190 mil km de redes de distribuição, possui 2,8 milhões de postes e 361 subestações, com potência instalada de 10,5 mil megavolt-ampère (MVA). A empresa conta com postos de atendimento espalhados por todos os municípios da área de concessão. Para a comodidade do cliente, a Copel oferece uma grande variedade de canais de atendimento, como aplicativo para smartphones e tablets, agência virtual, e-mail, chat e call center (0800 51 00 116).
 
Sobre a Abradee
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos. A história da Associação teve início com a criação do Comitê de Distribuição (CODI), em agosto de 1975 e, posteriormente em 1995, com a constituição jurídica da instituição. São 40 anos de dedicação ao desenvolvimento do setor de distribuição de energia elétrica brasileiro. A Abradee reúne 51 concessionárias de distribuição de energia elétrica – estatais e privadas – atuantes em todas as regiões do país e que juntas são responsáveis pelo atendimento de 99,6% dos consumidores brasileiros. Sediada em Brasília, presta serviços de apoio às suas associadas nas áreas técnica, comercial, econômico-financeira e institucional.

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